Semelhança

Pareceu-me ver luz,
Pareceu-me ver esperança,
Pareceu-me ver tudo,
Mas só havia semelhança.

Como é que me sinto?
Para além de perdido e tudo o que dizes?
Dir-te-ei que nada e que feliz eu estou,
Mas brincarei com ela,
A droga que me acalmou.

Sei que soa semelhante,
A todas as crises retratadas.
Mas não tenho culpa que a minha cabeça
Traga nuvens negras agarradas.

Ah, que solidão e falta de vida.
Que assolam a minha alma.
Pareço superior com toda a minha calma,
Mas vejo o futuro como uma descida.

Fantasias as minhas,
Hipocrisias as minhas.
Tentativas as minhas
E desilusões as minhas.

Não tenho nada em que me agarrar.
Para quê desfazer esta barba enorme?
Ela aquece-me a cara enquanto eu esperar,
Pelos beijos de alguém que ainda dorme.

1 comentário:

  1. tens mesmo 17 anos? faz-me uma certa confusão como alguém com essa idade, consegue rechear cada um dos seus poemas com palavras tão elaboradas! enfim, espero um dia, encontrar também versos tão requintados, como tu!
    MUITOS PARABÉNS!

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