Perdido, mas achado

O dia finalmente chegou. A ansiedade ocupou todo o seu corpo e estragou, de facto, a sanidade mental que pensava já possuir. Passou pelos 5 a 10 segundos mais bonitos de sempre. Sabia o que era ser feliz.
No fim, em vez daquilo que esperava, estava sozinho, ao som da música mais tocante para ele, com uma única imagem na cabeça... o 'abandono'. Chorou, como já não chorava há muito. Pensou...

No dia seguinte, via-se perdido em confusões e complicações, que pouco lhe importavam naquele momento. Decerto que ele só queria voltar atrás no tempo, muito atrás, para ter de novo a felicidade que sentira no dia anterior, e que a prolongasse mais do que umas horas.
Ele chorou diante de todos os figurantes da sua mente. Um choro silencioso, mas doloroso. Uniforme, mas com altos e baixos. Longo, e triste.
Escondia a face para não ser visto. Sentia-se preso na escuridão da sua alma. A música que o acompanhava pelas ruas da tristeza, intensificava a dor. Nada mais havia a fazer.