Ah, que bonita trança
Que aquela miúda tem.
Só que sempre que ela me vê,
Olha a minha barba com desdém.
Tenho pena que esta aparência
De velho, pobre e sujo,
Afaste as hipóteses que tenho
De te conhecer.
A tua trança, e essa tua inocência,
E a arrogância de que fujo,
Não me clarificam essa tua
Esquisita maneira de ser.
Vejo-te de uma maneira,
Leio-te de outra.
Tal como o ser, que é outro.
Tal como o imaginar, que não é nenhum.
Tal como tu, que pareces outra.
Ris-te e eu penso:
Eu vejo-te a ler.
Tu dizes o que quero ouvir,
Mas não sei o que quero fazer.
Faço isto sem razão.
Ou talvez por esta ilusão.
Eu só queria tocar naquela trança,
Ao som desta canção.
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cada um melhor do que o outro.
ResponderEliminarmas quem és tu, que me deixa agarrada ao pc a ler vezes sem conta cada um dos teus textos?
vou ficar a espera (:
ResponderEliminarApeteceu-me recordar.. E que saudades!
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