(Des)Organização (Parte II)

Retirei-me, em busca de paz.
Saí do abrigo de casa.

Deparei-me com um conjunto maravilhoso
De cores, relevos e beleza.
Admirado, mirei com atenção todo e qualquer pormenor.
Nunca tinha visto perfeição com tanta clareza.

Pensei em perguntar a alguém
Do que se tratava tudo aquilo
Mas lembrei-me do pássaro
E temi uma resposta negativa sobre aquele asilo.

Não havia falhas ali:
Uma bola em chamas fornecia-nos energia,
Uma brisa desconhecida transparecia equilíbrio
E o verde que via
Alegrava-me o dia...

Rodeado por tudo isto
E ao desconhecer isto tudo
Pensava, ao viajar,
Que nome lhe deveria dar.

Voltando a olhar este conjunto maravilhoso
De cores, relevos e beleza;
Ouvi tudo isto a apresentar-se:
Chamava-se Natureza...

Prossegui mirando; sentindo
Toda esta energia passada até mim;
Até que vi lá no fundo,
Algo que não fazia sentido ali...

1 comentário:

  1. É tão vital quando as realidades ou ilusões não fazem sentido. É tão bom ter uma vivência alucinada, leva-nos a tão claros e obscuros lugares. Respirar por regras, nem nos levam à loucura de tanto sufoco, mas sim à morte. E eu não quero falar da morte, não me interessa e não me importo com ela. Aliás quem é ela? Que ridículos são aqueles que respiram sem saborear o multiaroma dos céus..dos céus pintados de luz.
    LV.

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