Louco

Tudo indica que este seguimento, no mínimo, suigéneris de acontecimentos culminará na loucura imprevista e antecipada do oprimido recluso dos objectivos alheios. Talvez seja hoje mesmo que ele põe fim ao seu percurso neste nosso planeta. Não é, de todo, a primeira vez que pensamentos destes invadem esta mente perturbada, e será importante salientar que já esteve bem mais longe de acontecer essa tragédia, que se pensa adivinhar.
No final de voltas dadas e rectas percorridas para trás e para a frente, este nosso louco percebe que pôr fim a esta sua vida, que podia ser tão bonita, era estúpido; e o seu orgulho dizia-lhe que estúpido era coisa que ele não era.
Logo, não foi desta que este louco acabou com esta narrativa, porque convenhamos, sem ele estaríamos a ler o nada, e tenho a certeza que o nada diz menos do que isto tudo que para aqui vai. Ou talvez diga o mesmo e isto é só uma perda de tempo.
A cada segundo que passa, a minha certeza em relação a isso aumenta: já estamos há tempo demais a tentar ajudar este louco. Talvez seja hora de nós mesmos acabarmos com o sofrimento nada fundamentado deste louco, que já vomitou e não pára de dizer que está louco.

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