As circunstâncias da Vida

Não sei se foi fruto da casualidade, do destino ou da fé mas há muito que dura uma acesa troca de palavras que, para não ser diferente de todas as outras, me traz de novo até ti. Ainda bem que entre nós não há necessidade de palavras, porque certamente estas descambariam para o ruído ou para o insulto, e esses caminhos eu não gostaria de frequentar. Quem sabe se algum dia o vou conseguir.
Falo sério quando afirmo que gostava de não ter de vir falar contigo, se é que o é possível sem palavras, claro; mas estas variadas e imprevisíveis circunstâncias que perseguem o presente cronológico estão a incapacitar-me de construir as escadas que, em conjunto, gritariam 'Vida!', assim se apresentando.
Não precisarei, decerto, de prolongar o meu discurso até ao infinito, até porque isso, diga-se, não faz nada o meu género, muito pelo contrário. Significa isto, que penso que já sabes, que a incompreensão é agoniante, seja interna ou externa, portanto peço que me ilumines, como só tu sabes, para que estes meus murmúrios desorganizados e vagos se auto-fundamentem e não sejam mais umas quantas linhas escritas por um enorme louco.

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