(Des)Organização (Parte VII)

O povo já não acreditava no Limite
Nem nas pessoas que isto escreveram...
Perdíamos apoiantes ao longo do tempo:
Todos eles se venderam!

Foram sugados pela Organização,
Foram drogados pela Organização,
Foram comprados pela Organização!
E tal como todos os que se vendem
Ficam presos ao dono que nem um coitado cão!

É pena que hoje em dia
Ninguém se importe com isto.
O que importa é ter tudo
E não se preocupar com nada!

Sinto um vazio cá dentro
Por não haver ninguém que esteja comigo.
Mas é certo que me chega quem ainda ficou:
O Limite e alguém chamado 'Mendigo'.

Certo dia, algo surgiu no meio da dor.
Algo fora do comum...

O Limite sorriu, ao falar:
Pediu-nos para o acompanhar...
Até que chegámos a um paraíso
Totalmente rodeado de mar...

Estava uma noite sombria
E o Limite pediu que para a Lua olhássemos.
Ao obedecer, notámos em algo inacreditável:
Um prisma reluzia milhões de cores,
Era normal que, naquilo, não acreditássemos.

Era surreal, abismal e mais que especial!
As cores rodeavam-nos e faziam-nos viajar
Por sítios inimagináveis...
Em nada conseguimos, sequer, pensar.

Mesmo que tente, não conseguirei precisar
Quanto tempo ali permanecemos.
Mesmo que quiséssemos explicar,
Nem isso, sequer, conseguiremos.

Procurámos explicações com o Limite,
No final desta natural alucinação.
No fundo, acho que tínhamos percebido,
Mas precisávamos, ambos, da grande confirmação.

Foi então que olhámos para o Limite
Que nos disse de forma triunfante e ciente:
'Aquilo, meus irmãos,
Foi o Antecedente!'

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